quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA



PSICOLOGIA E HISTÓRIA
            Compreender, em profundidade, algo que compõe o nosso mundo significa  recuperar  sua  história.  Todos  nós  temos  uma  história  pessoal  e  nos  tornamos  pouco compreensíveis se não recorremos a ela e à nossa perspectiva de futuro para  entendermos  quem  somos  e  por  que  somos  de  uma  determinada forma.
Para compreender  a  diversidade  com  que  a  Psicologia  se apresenta hoje, é indispensável recuperar sua história. A história de sua construção  está  ligada,  em  cada  momento  histórico,  às  exigências  de conhecimento  da  humanidade.

A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: OS PRIMÓRDIOS
No período de 700 a.C. até a dominação romana, às vésperas da era cristã. Os gregos foram o povo  mais  evoluído  nessa  época. Tais avanços permitiram que o cidadão se ocupasse das coisas do espírito,  como  a  Filosofia  e  a  arte.  Os  filósofos  pré-socráticos  preocupavam-se em definir a relação do homem com  o  mundo  através  da  percepção.  Mas  é  com  Sócrates  (469-399  a.C.)  que  a  Psicologia  na Antiguidade  ganha  consistência.
Depois de Sócrates surgiram outros como Platão, Aristóteles que estudavam    a  razão  como  peculiaridade  do  homem  ou  como  essência humana,  Sócrates  abre  um  caminho  que  seria  muito  explorado  pela Psicologia.

A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA  
Às vésperas da era cristã, surge um novo império que iria dominar a Grécia, parte da Europa e do Oriente Médio: o Império Romano. E falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que, ao lado do poder econômico e político, a Igreja Católica também  monopolizava  o  saber  e,  conseqüentemente,  o  estudo  do psiquismo.
Dois  grandes  filósofos  representam  esse  período da história: Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274). São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. E foi São  Tomás  de  Aquino  que encontrou  argumentos  racionais  para justificar os dogmas da Igreja e continua garantindo para ela o monopólio do estudo do psiquismo. 

A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO
Pouco mais de 200 anos após a morte de São Tomás de Aquino, tem início uma época de transformações radicais no mundo europeu. É o Renascimento  ou  Renascença.  Foi nessa época que ocorreram as  transformações em  todos  os setores  da  produção  humana, com Dante,  Leonardo  da  Vinci, Maquiavel, entre outros.
            Com esse avanço, começam  a  se estabelecer  métodos  e  regras  básicas  para  a  construção  do conhecimento científico. Neste período, René Descartes foi  um dos filósofos que mais  contribuiu  para  o  avanço  da  ciência. Com sua teoria de separação entre alma, espírito e corpo, possibilitou o avanço da  Anatomia  e  da  Fisiologia,  que  iria  contribuir  em  muito  para  o progresso da própria Psicologia.  

A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário. Nesse mundo vivia um homem  que  tinha  seu  lugar  social  definido  a  partir  do  nascimento.  A razão estava submetida à fé como garantia de centralização do poder. A autoridade  era  o  critério  de  verdade. 
O capitalismo pôs esse mundo em movimento, com a necessidade de  abastecer  mercados  e  produzir  cada  vez  mais. Sentiu-se  necessidade da ciência, onde a  ciência  avança tanto,  que  se  torna  um referencial  para  a  visão  de mundo. Com isso, o  capitalismo  moveu  o  mundo,  produzindo mercadorias e necessidades. 

A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século 19.  Seguiram  para  aquele  país  muitos  estudiosos  dessa  nova ciência. Os pioneiros da Psicologia procuraram, dentro das possibilidades, atingir tais critérios  e  formular  teorias.  Entretanto os  conhecimentos produzidos  inicialmente  caracterizaram-se,  muito  mais,  como  postura metodológica que norteava a pesquisa e a construção teórica. Embora  a  Psicologia  científica  tenha  nascido  na  Alemanha,  é  nos Estados  Unidos  que  ela  encontra  campo  para  um  rápido  crescimento.



O FUNCIONALISMO
O Funcionalismo  é  considerado  como  a  primeira  sistematização genuinamente  americana  de  conhecimentos  em  Psicologia.  Uma sociedade  que  exigia  o  pragmatismo  para  seu  desenvolvimento econômico acaba por exigir dos cientistas americanos o mesmo espírito. Desse  modo, W.  James  elege  a  consciência  como  o  centro  de  suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.

O ESTRUTURALISMO
O  Estruturalismo  está  preocupado  com  a  compreensão  do mesmo  fenômeno  que  o  Funcionalismo:  a  consciência.  Mas, diferentemente  de  W.  James,  Titchner  irá  estudá-la  em  seus  aspectos estruturais usando o termo,  estruturalismo  pela  primeira  vez,  no  sentido  de  diferenciá-la  do Funcionalismo. 
 
O ASSOCIACIONISMO
O termo associacionismo  origina-se  da  concepção  de  que  a aprendizagem  se    por  um  processo  de  associação  das  idéias    das mais  simples  às  mais  complexas.  Assim,  para  aprender  um  conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo. Thorndike formulou a Lei do Efeito, de  acordo  com  essa  lei,  todo comportamento de um organismo vivo tende  a  se  repetir,  se  nós  recompensarmos  o  organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado  após sua ocorrência. 

AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA NO SÉCULO 20
A  Psicologia  enquanto  um  ramo  da  Filosofia  estudava  a  alma.  A Psicologia científica nasce quando, de acordo com os padrões de ciência do século 19, Wundt preconiza a Psicologia “sem alma”. Se  antes  a Psicologia  estava  subordinada  à  Filosofia,  a  partir  daquele  século  ela passa  a  ligar-se  a  especialidades  da  Medicina. Essa  Psicologia  científica,  que  se  constituiu  de  três  escolas  — Associacionismo,  Estruturalismo  e  Funcionalismo  —,  foi  substituída,  no século 20, por novas teorias. As  três  mais  importantes  tendências: 
 o Behaviorismo,  Gestalt e  a  Psicanálise.

Nenhum comentário:

Postar um comentário