CAPÍTULO
1
A
CRISE AMBIENTAL NO COMEÇO DE UM NOVO SÉCULO
Nas
ultimas décadas alguns acontecimentos mudaram o nosso tempo, como por exemplo:
a revolução do computador e a queda do bloco soviético. A primeira causou uma
mudança significativa na área de telecomunicações e informática, bem como a
segunda, afetou diretamente os terrenos políticos e ideológicos, uma mudança
muito importante no cenário mundial.
Trata-se
de um diagnóstico da situação global, onde o crescimento demográfico está
sempre em primeiro lugar interferindo em todos os campos da sociedade. Por
conta disso, uma grande quantidade de pessoas tem danificado o meio ambiente,
causando uma crise sem precedentes na história, colocando em perigo não somente
as pessoas mas todo o sistema. A crise ambiental não pode ser entendida
isoladamente, ela está intimamente ligada à crise social, à crise política, à
crise econômica. E por se tratar não somente de uma crise global mas
planetária, existe perigos que afetam todo o planeta:
·
Reaquecimento da atmosfera;
·
Redução da camada de ozônio;
·
Crescimento da população humana.
Além
desses, existem ainda a questão do desaparecimento de espécie vegetais e
animais em escala alarmante. As espécies de plantas e animais estão se
extinguindo a velocidade maior do que a requerida para poder descobri-las,
estudá-las e aproveitá-las.
Muitas
pessoas ainda hoje questionam por que falar em crise ambiental ou crise
ecológica? Porque os recursos do planeta não são inesgotáveis, a biosfera é um
mundo finito e a espécie humana lhe tem ocasionado danos irreparáveis. Não se
trata apenas do desaparecimento de espécies vegetais ou animais, mas do risco
da extinção da vida no planeta. Para o autor, a crise ecológica do planeta não
poderá ser resolvida por meio da simples adoção de novas tecnologias, acordos
internacionais audaciosos ou um reajuste dos padrões de produção e consumo, mas
exige uma reconfiguração radical do
modelo civilizatório.
CAPÍTULO
2
A
METAMORFOSE DA ECOLOGIA
O ambiente é um elemento a mais na
situação global muito mais abrangente, que inclui o econômico, o social, o
ideológico. Não é fácil distinguir os diferentes planos que permitam afirmar,
de um lado, a autonomia da ciência em relação à teologia, e , de outro, a
autonomia da teologia em relação à
ciência. Uma pergunta todos tem que se fazer: a ecologia é uma ciência ou um
saber unificado que articula, dentro de uma visão global, os diversos enfoques
do mundo?
Por ecologia entendemos a ciência do
relacionamento dos organismos com o mundo exterior, em que podemos reconhecer
de uma maneira ampla os fatores da luta pela existência. A ecologia como
ciência, vai sofrendo uma verdadeira revolução e ultrapassa os limites da
biologia, em destaque podemos citar a ecologia social e a ecologia profunda. A
ecologia social é uma concepção abrangente e holística do si próprio, da
sociedade e da natureza.
A crise ecológica é global e
sistemática, e não o produto de desastre ao acaso. É preciso tal mudança devido
ao fato de o capitalismo ter produzido transformações, mudanças, que geram
novas preocupações nas sociedades contemporâneas. A nossa atitude dominadora da
natureza provém da nossa organização social.
O Ser humano não tem nenhum direito
de prejudicar o meio ambiente e reduzir essa riqueza, salvo para satisfazer necessidades
vitais. Por conta de tamanha crise mundial na área ecológica por causa da
explosão demográfica, já existem pesquisadores e teóricos que compartilham a
necessidade de reduzir a população humana. Dizendo eles, que a crise exige uma
mudança revolucionária. Não haverá verdadeira resposta a crise ecológica a não ser em escala planetária e com a condição de que
seja operada uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando
os objetivos da produção de bens materiais e imateriais.
Ao longo da história a ecologia
desenvolveu uma verdadeira metamorfose, desenvolver consciência ecológica,
significa adquirir consciência da situação socioeconômica, política e
cultural da nossa sociedade.
CAPÍTULO
3
DA
ECOLOGIA À TEOLOGIA – O CAMINHO DE GREGORY
BATESON
Junto da ecologia biológica e da
social, surge um terceira ecologia: a ecologia mental ou ecologia da mente. A
ecologia da mente é , então, uma nova
maneira de pensar uma nova compreensão do mundo, uma ciência. Essa nova maneira
de pensar implicará em mudanças radicais na vida e no comportamentos dos seres
humanos. E para alguns pesquisadores essa é a raiz da crise ecológica: o
pensamento humano.
Para o autor, as causas básicas da
crise ecológica estão na ação combinada de três elementos: o avanço
tecnológico, o crescimento da população e a concepção corrente, porém
equivocada, da natureza do homem e de seu relacionamento com o meio ambiente.
Os
três fatores fundamentais citados com certeza interagem; não ocorrem
isoladamente. O único ponto de inserção para verter o processo parecem ser as
atitudes predominante a respeito do ambiente, pois é impossível no momento
reverter qualquer um desses três elementos fundamentais. E vale aqui ressaltar
que os seres viventes que lutam contra seu ambiente i o derrotam, destroem a si
próprios.
Interessa-nos ressaltar a semelhança
que pode ser observada entre a cibernética e a ecologia. Ambas serão ciências,
não de objetos, mas de informação ou relação, respectivamente, entre objetos. A
mente é, para Bateson, identificável como um sistema cibernético. E tudo isso,
tem de alguma forma, alguma relação com a teologia e a forma de pensar de seus
adeptos.
Na babilônia, os deuses eram
transcendentes e ocupavam os cumes das montanhas; no Egito, o Deus está
imanente no Faraó, e o cristianismo é uma combinação complexa dessas duas
crenças. A causa então, da atual situação da humanidade, do planeta, é
conseqüência, pelo menos em parte, da autocompreensão judeu-cristão.
Convenhamos que , desde a nossa
perspectiva, uma das preocupações centrais do autor é a mudança de atitudes, de valores, do ser
humano perante a natureza.