terça-feira, 1 de dezembro de 2020

OS MEIOS IMPROVÁVEIS QUE DEUS USA PARA CUMPRIR O SEU PROPÓSITO

            Abraão foi chamado de uma família de adoradores de ídolos e mentiu duas vezes sobre a sua esposa: para o faraó do Egito e para o Rei Abimeleque, Rei de Gerar.

           Isaque também mentiu para Abimeleque sobre sua esposa, e cometeu outro erro de sempre preferir Esaú, não por ser o primogênito, mas por causa das caças e das comidas que ele gostava e que era ele que caçava, tanto é que ele até condicionou a benção de Esaú depois de um prato de comida. A bíblia dá a entender que existiam conflitos familiares na casa de Isaque, porque enquanto ele preferia Esaú, Rebeca preferia Jacó, tanto que induziu o filho Jacó a enganar o pai, isso não poderia ser um lar perfeito.

 Jacó foi o escolhido por Deus para dá continuidade ao plano divino, mas sua benção veio a peso de conflitos familiares, negociata, esperteza e mentiras, tudo comandado por sua mãe. Judá, o leãozinho (Gn 49.8-10), filho de Jacó, foi o que juntamente com seus irmãos jogou José no poço, e diferente de Isaque e Jacó seu pai, não foi buscar uma esposa em meio a sua parentela, mas entre os Cananeus. Judá também escolheu uma mulher Cananéia para seu primogênito Er, que era perverso diante de Deus e o próprio Deus o matou (Gn 38.7), o nome dela era Tamar. Judá também foi o que mentiu para Tamar e depois fez um filho nela achando que ela era uma prostituta, (Gn 38.14).

Tamar, mulher Cananéia (estrangeira) que sabia e cria na promessa feita a Abraão, deu continuidade a descendência ao leão da tribo de Judá, tendo que se passar por prostituta, fazendo sexo com o sogro, e quase sendo queimada viva por este ato. Outra mulher estrangeira que deu continuidade a descendência de Jesus foi Raabe, uma prostitua de Jericó que escondeu dois espias de Israel e que sabia da promessa da conquista da terra, que foi poupada durante a invasão de Israel por este ato, viveu entre eles e se casou com um Israelita, Salmom, que foi bisavô de Davi. Raabe foi mãe de Boaz, que se casou com Rute.

  Rute, que era estrangeira também, era uma moabita, nora de Noemi, se casou com Malom, filho de Noemi, exatamente porque Noemi e seu esposo tinham ignorado o mandamento de Deus que proibia relacionamento entre judeu e moabitas. Depois da morte de Malom, filho de Noemi, Rute se casou com Boaz, filho de Raabe, e foi mãe de Obede, que foi o Pai de Jessé, e Jessé foi pai de Davi, mais uma vez dando continuidade a descendência de Jesus por uma mulher fora da linhagem do povo judeu.

  Davi foi um dos mais proeminente descendente de Jesus, mas que entre outros erros que cometeu, adulterou com Bete-Seba e um dos seus filhos foi Salomão. Ele também ficou orgulhoso e duvidou do poder de Deus mandando fazer o censo só para ver o tamanho do seu exército, como se não fosse Deus que vencia a batalha por ele e por isso foi punido. Bete-Seba, que foi esposa de Urias e adulterou com o Rei Davi, era mãe de Salomão que veio ser o sucessor de Davi no trono.

 Salomão, outro ícone da bíblia, que também foi descendente de Jesus, mas que além de possuir 1000 mulheres, ainda construiu alteres para seus deuses e passou a adorá-los junto com elas.  E depois de muitas gerações após Salomão, Jacó gerou José, que foi o esposo de Maria.

 José, que era descendente de Judá, foi o esposo de Maria, que depois de ser difamado pela sociedade da época pela condição de sua esposa com suspeita de traição, ainda teve que aceitar tudo calado e adotar Jesus como seu primogênito.

  Maria, uma jovem mulher que não era da tribo de Judá e que foi discriminada pela sociedade da época por ter um filho que não era do seu marido e ninguém sabia quem era o pai, a não ser ela, onde nem o seu próprio marido acreditava na história que ela contava, imagina o resto do povo, esta foi a mãe de Jesus. Ela era da tribo de Levi, por ser prima de Isabel que era descendente direta de Arão (Lc 1.5), não foi ela que deu a descendência para Jesus para que ele fosse o leão da tribo de Judá, mas sim José, por ser o Pai, embora não tenha sido o pai biológico, mas era ele o descendente de Judá.

 JESUS, O CRISTO DE DEUS. Um homem que tinha tudo para dar errado. Sua descendência era toda problemática, sua fecundação foi misteriosa para seus pais e incompreensível para a sociedade da época, seus pais foram injuriados pelos julgamentos das pessoas, seu nascimento foi todo conturbado. Quando adulto, em uma sociedade em que todos se casavam cedo, ele já tinha 30 anos e ainda morava com os pais, e era solteiro. Tachado por muitos de louco por ser um adulto solteirão que andava por ai com um grupo de homens pregando um evangelho que ninguém conhecia, contrariando a religião, rabinos e sacerdotes, e que entre outros se dizia ser o Messias, filho genuíno de Deus.

 Um filho adotado, sem esposa, sem filhos, que morreu humilhado, e o resto da história todos já sabem...

            Esse é o nosso Salvador, que surgiu contrariando as tradições, viveu em um mundo complexo, morreu da pior morte possível e hoje vive para sempre a direita de Deus e intercede por nós, está sempre à frente em nossas batalhas e voltará para nos buscar. Portanto, se você acha que sua família, sua vida, sua história é uma desgraça, olhe para Cristo, porque no plano de Deus nem sempre o que parece ser, será, porque Deus caminha nas impossibilidades, no ponto fora da curva, e nunca deixa de realizar o seu propósito que é sempre bom, perfeito e agradável.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

MILITANTE CRISTÃO VS CRISTÃO ATIVISTA

BARROS, Joel S.


O Cristão a que o artigo se refere é todo seguidor de Jesus Cristo que crer em sua obra redentora, tal como a bíblia nos ensina, baseado em todos os seus fundamentos teóricos e práticos. O Jesus Cristo do qual falo, é aquele de Nazaré, o injustiçado e condenado político, que foi assassinado por falar verdades eternas, verdades estas, que contrariavam os interesses políticos e religiosos da época, no entanto, este mesmo Jesus  morreu e ressuscitou e nos deixou uma causa pelo qual devemos lutar.

Quanto ao militante ou ativista, a princípio,  é aquele que defende uma ideia, um valor, uma crença, algo que contemple uma verdade, segundo os princípios dos fundamentos da sua causa, pregados pelo seu líder maior. Sendo que segundo estudiosos, o militante, que vem da ideologia militar, preza por disciplina, regras rígidas, controle, padronização, hierarquia e regularidade, enquanto que o ativista, é visto como aquele que é motivado por um senso ético circunstancial. Isso faz com que os ativistas muitas vezes recusem verdades inabaláveis já consolidadas na sociedade e de certa forma tornam-se intolerantes e violentos, na tentativa de querer quebra o “status quo”. E por ser uma posição muitas vezes de ocasião, passam a impressão de serem poucos comprometidos com a verdade e com as causas pelas quais lutam.

No mundo secular, existem diversos tipos de militância e ativismo: por causas LGBT, pelo movimento feminista, por direito ao uso da maconha, por causas ambientais e por aí vai. Onde, nem sempre são definidos como de direita ou de esquerda, mas todos estes movimentos têm um objetivo comum, agir em conjunto para interferir nas normas que não estão de acordo com o que pregam ou com as causas que defendem no momento. Enquanto que o militante Cristão que luta por uma causa que não é deste mundo, é aquele que milita a caminho do céu, e está em constante atuação exercitando a fé e a boa obra, e sempre na missão de anunciar o  Cristo, contra o pecado e a ação de demônios.

O militante das causas de Cristo, é aquele que milita a boa milícia da fé, que luta um bom combate, o que não milita segundo a carne, que não milita e nem se embaraça com os negócios desta vida, milita sabendo em quem tem crido e segundo as profecias, porque o Senhor diz: o meu reino não é deste mundo, porque se meu governo fosse deste mundo, eu já teria tomado de Roma no princípio, nem precisaria morrer por isso, porque os meus servos e milhares de anjos pelejariam por mim, mas o meu reino não é daqui.

Saulo, antes de se tornar o Paulo que conhecemos hoje, também era um militante. Fazia parte de um movimento anticristão, um grupo dominante da cidade de Jerusalém, conhecidos por discursos eloquentes, esbravejamentos, raivas, ranger de dentes, muito furiosos, respiravam ódio e ameaças a todos os seguidores de Jesus Nazareno, imagino que se fosse nos dias de hoje, seriam um grupo bem atuante nas redes sociais. Uma de suas vítimas foi Estevão, que morreu brutalmente por ensinar as verdades do mestre. Até que um dia Saulo Caiu do Cavalo, trêmulo e atônito, teve que perder a visão e ter fome, para tomar consciência da verdade e se tornar um militante do reino de Deus, e sair pregando o verdadeiro evangelho mundo afora.  

Pelo qual reino você milita, terreno ou eterno? O movimento que você está inserido e que acredita estar lutando pela verdade, possui as características do povo do reino de Deus: são amorosos, pacientes, amáveis, bondosos, são mansos, possuem domínio próprio, são fiéis ao que dizem, vivem em paz, são alegres? porque esses são os frutos do Espírito dos que militam nas causas da verdade de Deus. Você se considera um militante cristão ou cristão ativista? Não espere cair do cavalo para responder a esta pergunta.  

Por Joel S. Barros


A ORDEM DE ABRAÃO E A ORDEM DE MELQUISEDEQUE

Durante muito tempo, vimos Deus agir de diversas maneiras, e de formas extraordinárias, como através de mula falante, de mato queimando, voz do além, anjos, sonhos visões, pelos cantos dos pássaros, pela força da natureza, com possibilidade de falar até por meio de pedras, etc...ah! e também fala através de homens. E como isso é possível? ele não se revelou aos homens? como ele pode agir e se manifestar muitas vezes de forma incompreensível para nós?

Pois é, para responder quanto a parte revelada de Deus, ou seja,  para os seres humanos que possuem uma fé “ firmada no fundamento das coisas que se esperam [...]” Hb 11:1a, onde já existe a certeza de que algo vai acontecer pelo o histórico das ações de Deus através do tempo e do espaço em nosso ambiente terreno, existe a ordem religiosa da fé de Abraão, que nada mais é do que a ordem histórica registrada na bíblia para guiar o homem carnal através dos tempos, Hb 11:2-31, e a bíblia, passa a ser para este homem não um manual de tudo, mas uma cartilha para quem deseja aprender a ler e a escrever no mundo espiritual de Deus.

A religião na ordem de Abraão, conforme Hb 7:5 e Hb 11:8-31, é a fé comprovável, com introdução, princípio, meio e fim, onde tudo é verificável por meio da sequência histórica no tempo e no espaço. Abraão é um homem que tem pai, mãe, esposa, filhos, sobrinhos, netos, raça, cultura, tem uma genealogia. Isso tudo, cria uma uma linearidade, e é o que dá base para todos os estudos bíblicos que se ensina e que se aprende nas congregações. Em Abraão a revelação ganha nomes de pessoas, é a fé que se vê, tem história, sequência, bíblia, Israel, tudo que se conhece de religião hoje, foi a fé que a descendência de Abraão produziu.

Uma fé que se discerniu, que se transformou em história, que se transformou em cultura. Por isso, todas as vezes que se tem uma fé que se vê, se transformará em religião, porque o caminho de Abraão é o caminho de religião, foi a partir dele que surgiu a religião monoteísta, depois se transformou na fé de Israel, depois em judaísmo, e depois  em Cristianismo, até a religião do Islamismo descende de Abraão. Este caminho dá segurança, tem fronteira, tem chão, tem teologia, tem doutrina, tem certezas, conseguimos  visitar um povo, uma igreja, uma comunidade, essa fé sempre tem contornos comunitários como todos conhecemos e que chamamos de templos, “igrejas”, congregações.

Mas existe outra fé, Hb 11:1 b, a fé “[...]na prova das coisas que não se vêem”. Esta fé não descende da ordem de Abraão, mas da ordem de Melquisedeque. Sem princípio de dias, não tinha pai, mãe, não se fala de seu avô e nem se faz referência a sua esposa e filhos, sem genealogia, sem introdução, a quem Abraão somente reconheceu como da parte de Deus. Em Abraão a fé é narrável, em Melquisedeque a fé é inenarrável. É o que sustenta o agir extraordinário de Deus, é a fé do absurdo, do inexplicável, do incrível, do inacreditável, é a fé que não permite que o agir de Deus fique confinado aos dogmas da religião, por isso, ele pode falar e agir no meio de nós por meio de quem ele quer, quando, como e onde ele quiser, porque os caminhos de Deus não são os de Abraão e nem os nossos.

Por isso Jesus não faz parte da descendência de Levi, da ordem de Abraão, mas da ordem de Melquisedeque. Porque em Abraão, a ordem de Levi eram feitos por seres mortais que eram indicados de tempo em tempo e que prestavam sacrifícios. Na ordem de Melquisedeque se vive para sempre, não há registro de seu nascimento, nem registro de sua morte. É alguém que aparece desconectado de relações históricas, mas é exatamente por isso que poder vencer o tempo e ser  estabelecido como semelhante ao filho de Deus que dura para sempre. São nessas duas figuras que se encontraram e que foi citado poucas vezes na bíblia, que podemos ver os dois caminhos de Deus para toda a história da humanidade.

No entanto, assim como Abraão carrega uma revelação verificável, o livro, a bíblia, a historicidade da revelação de Deus, Melquisedeque é o caminho da revelação eterna de Deus, por isso não tem começo e nem fim, não tem nome de ninguém, está sujeito apenas o desígnio e soberania de Deus. É o susto de Deus para a história, é a sua face surpreendente, é a chegada sem pedir licença, é a manifestação do imprevisível, uma manifestação superior, é definitivamente a liberdade que Deus tem na terra de ser Deus. Porque se não fosse assim, e se Deus tivesse preso a necessidade de se relevar somente pela descendência de Abraão, ele estaria confinado na  história.

Ele estaria completamente limitado aos instrumentos de natureza cultural, histórica, social, religiosa, que a descendência de Abraão pode oferecer a ele. E este era o grande conflito dos sacerdotes descendentes da tribo de Levi, que não entendiam essa supremacia de Deus vinda pela ordem de Melquisedeque e queriam ser os domesticadores da revelação de Deus. Eles achavam que Deus só se manifestava através deles, dos seus sacrifícios, das suas liturgias e das suas leis. No entanto, os profetas pela ordem de Melquisedeque, corriam paralelamente, como um ponto fora da curva, insubmisso ao legalismo sacerdotal, e diziam NÃO! a esta tentativa de controle da fé, porque  Deus é Deus, que  pode se manifestar através de vocês, apesar de você e até contra vocês.

A fé na ordem de Melquisedeque, é um caminho paralelo, sem templos, sem púlpitos, sem mesa, sem diáconos, sem líderes e sem rabinos. Onde não se consegue apalpar nada, temos que nos satisfazer com o invisível, o abstrato, com o mistério, com o surpreendente. Somente por este caminho que podemos ver a liberdade de Deus para alimentar a fé no coração de pessoas que estão até mesmo fora da religião, que não fazem parte de comunidade, mas nutrem no coração a fé para com o Deus altíssimo, porque foram alcançados não por um pastor, um missionário, um padre, mas quem sabe Deus se manifestou a ele por meio de um sonho ou de uma visão, como no caso de Maria e José. Neste caminho, não tem quatro paredes, mas tem  anjos e liberdade divina de falar e agir.

O caminho de Abraão é o caminho do homem, o caminho de Melquisedeque não é o caminho do Homem, é o caminho de Deus. Por isso, nós, seres humanos, só conseguimos andar no caminho de Abraão, guiados por preceitos e dogmas, só Deus anda pelo caminho de Melquisedeque, no máximo que conseguimos ver desse caminho, e apenas de vez em quando, são os rastros por onde ele passou e fez milagres. Então, não se preocupe com os índios, com civilizaçõe perdidas, com pessoas que parecem inatingíveis, porque se dependesse só da descendência de Abraão, não só esses, mas o mundo inteiro estaria perdido.

Agora, por que  temos que saber desses dois caminhos? porque se sabemos do Caminho de Abraão e estamos nele, nós caminhamos com o povo de Deus fazendo sempre o nosso melhor dentro de nossas possibilidades no tempo e no espaço em todas oportunidades que tivermos. E se sabemos do caminho de Melquisedeque e de quem anda por ele, nós devemos nos colocar em nosso lugar e não andar arrogantemente no meio do povo de Deus achando que sem mim Deus está perdido. Devemos sempre esperar uma surpresa de Deus, e saber que quando ele fala ide, ele manda ir e pregar o evangelho, mas ao mesmo tempo está falando, não façam o juízo final por mim, porque sou eu que tenho a última palavra.

Portanto, devemos andar no caminho de Abraão sempre com o coração quebrantado, sabendo que existe uma ordem superior, a qual Jesus pertence e que está fora de nosso domínio. Agradecido pelo fato de ele ter se revelado a nós, mas com o coração humilde porque não sabemos a quem mais ele se revelou. Porque ele não precisa dos canais históricos para se revelar a quem quer que seja,  ele age na nossa vida que o chamamos pelo seu nome. mas ele tem a liberdade de chamar pelo nome, aqueles que não sabem o nome dele. Só ele pode ser salvador dos que sabem e dos que não sabem de seus caminhos, só ele pode ter ido onde você achava que não tinha ninguém, só ele pode chegar onde você não chegou, só ele pode ter chegado a alguém que você nunca teve peito e nem coragem de enfrentar, mas ele foi lá. Por isso, hoje ele fala a você! faça só a sua parte, mas não queira ser Deus por mim, porque  eu vou continuar a ser Deus, onde quer que eu queira ser. (FILHO, 1998)

Por Joel S. Barros

Referência:  

FILHO, Caio F. D’Araújo. O Jesus histórico e o Jesus Eterno, Ordem de Melquisedeque. 1998. Disponível: encurtador.com.br/qwQ49. Acesso em: 11 mai. 2020.

terça-feira, 12 de maio de 2020

O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE A ALMA E O ESPÍRITO

INTRODUÇÃO 
No decorrer deste artigo, serão explanados alguns argumentos a respeito da alma e do espírito, que por sinal, é um assunto muito debatido e pouco entendido por muitos. Por isso, tentarei de uma forma mais popular, mas não menos séria, expor também a minha opinião baseado nas referências bíblicas que muitas vezes não são bem observadas. Onde do meu ponto de vista, toda alma precisa de um corpo, portanto, a alma é conectada diretamente ao corpo, mas o copo não se conecta ao espírito do homem, apenas a alma pode influenciar o corpo e sofrer influencia do espírito do homem. E este espírito do homem que falo, é um ponto de conexão deixado por Deus dentro do ser humano para que de forma segura, Ele possa se comunicar com o homem através do seu. 

A ALMA QUE ESTÁ EM TODO SER VIVO 
De uma forma geral, pode-se concluir que a alma tem um papel muito importante no plano divino, pois tudo que existe e tem vida, tem alma. Como se pode ver nas referências a seguir: 
A bíblia nos afirma que tudo que tem vida tem uma alma, sejam no reino animal ou vegetal (Jó 12.10). 
Mas será que até mesmo no mar existem almas viventes? (Ap. 16.3). 
Até mesmo Deus tem uma alma (Hb 10.38). 
Há ordenanças individuais para o corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23). 
Assim como tem uma definição na bíblia que afirma existir corpo material e espiritual (1 Co 15.44). 
Em algum momento pelo menos, e com um poder sobrenatural é possível se fazer a divisão entre alma e espírito. Então existe divisão (Hb 4.12). 

OS TIPOS DE ESPÍRITOS EXISTENTES 
Existem 3 tipos de espíritos que atuam diretamente no homem e que podem influenciar na sua existência material, no seu modo de vida terreno e na sua existência após a morte: 

1º - O Sopro de vida. Citado em (Gn 2.7), é referenciado como espírito em (Jó 27.3) nas melhores traduções em inglês que são mais próximas dos originais, bem como pode ser visto em algumas traduções em português como na Tradução Novo Mundo (TNM, 2015). 

Mas também pode ser confirmado que o sopro é o Espírito da vida em (Tg 2.26) em quase todas as bíblias em português. 

2º - O Espírito do homem (1 Co 2.11). Que foi colocado no homem para ser um modo seguro de comunicação entre o homem e Deus, ou seja, é um espírito que se relaciona com o Espírito de Deus (Rm 8.16). 
Porém, outros espíritos (malignos) também podem se relacionar com esse espírito (Lc 8.2). 

Um espírito não se relaciona diretamente com um corpo físico, mas com um outro espírito, por isso, é impossível o dito popular que diz: “a pessoa está com o diabo no corpo”. 

3º O espírito externo ao homem. Esse espírito é o que se comunica com o espírito do homem, cujo este terceiro tipo de espírito, pode ser de Deus ou do Diabo. E ninguém pode separar um espírito combinado com o espírito do homem, a não ser pela palavra de Deus, ou seja, só em nome de Jesus através do poder de Deus. 

MAS AFINAL, O QUE É A ALMA HUMANA? 
Segundo a própria escritura, é a exata combinação do corpo com o sopro de vida (Gn. 2.7). 
Ou seja, é todo o corpo físico associado com as faculdades mentais, com as emoções, desejos, e tudo que caracteriza um ser humano vivo. E é exatamente o espírito do homem citado anteriormente que faz a diferença entre a alma do ser humano e a dos animais, tanto é, que na referência de (1 Pd 3.20), as almas dos animais da arca não são contadas como almas, apenas as dos seres humanos, por isso se afirma que apenas 8 almas se salvaram (SORIANO, 2015). 

Como se pode ver nas escrituras em (1 Pd 1.22), a alma humana pode sofrer influencia do espírito do homem, cujo este espírito pode ser influenciado pelo Espírito de Deus e purificar a alma do homem ainda aqui nessa terra, não depois da morte como muitos acreditam, pois, depois da morte nada se pode fazer (Ec 9.10). 

Portanto, as escrituras são bem claras em fazer referência da alma que existi em tudo que é vivo, mas o espírito do homem somente nos humanos, e tudo vem de Deus (Jó 12.10). 
E essa alma, também reconhecida como espírito, conforme já mencionado, que após ser influenciada e purificada pelo espírito do homem através do Espírito de Deus em ação aqui na terra, poderá reinar nos céus como um espírito aperfeiçoado (Hb 12.23). 

CONCLUSÃO 
Eu sei que estas poucas linhas, com certeza, não foram o suficiente para esclarecer nem dez por cento de um assunto tão polêmico como este, mas de uma coisa eu tenho certeza, devo ter trazido uma informação ou outra que muitas pessoas ainda não tinham parado para pensar, e vão começar a partir de agora a ver e analisar estas questões com um novo olhar, vão saber ouvir uma informação sobre este assunto e se situar melhor. E estou consciente de que o intuito maior deste artigo é mais do que trazer novas informações, é levar o leitor a refletir de forma diferente e mexer com o seu imaginário, para que o mesmo possa gerar novos conhecimento e compartilhar com toda comunidade de interesse. 

Por Joel S. Barros

A MATRIX DIVINA DE TODO O UNIVERSO

    Não muito tempo atrás, uma trilogia de ficção científica por nome Matrix (1999), protagonizado pelos autores Keanu Reeves e Laurence Fishburne, mexeu com a cabeça de muita gente, levando a reflexão de até que ponto as coisas são realmente integradas e por mais que você tente fugir dessa realidade, acaba concluindo que nada é por acaso e que tudo no universo está integrado de tal forma que é impossível não concluir que existe um único criador.

E o início dessa percepção, se dá quando se lê na bíblia que do pó da terra formou Deus o homem. Homem e a natureza é tão ligado que está ligado de forma física e espiritual, onde no mundo, bem como na floresta, a morte de uma geração é a vida da próxima. Reconhecendo nossa atitude, reconhecemos nossa conexão com a criação em um criador comum.
Até mesmo os elementos químicos, identidade genética, nosso DNA, contem os mesmo elementos de todas as outras criaturas. Muitas dimensões de nossa existência não terminam com a morte, mas nossa vida física é conectada do início ao fim através do solo da terra. É por causa da graça divina que a criação existe e continua a existir, Deus não precisava ter criado nada, mas o fez pela sua infinita graça.
Tendo como verdade que toda criação partilha da Matrix de Deus, o tema central da história bíblica do mundo na bíblia é que toda a criação é uma, vivendo em harmonia e segurança para a alegria e bem-estar de todas as criaturas. No entanto, como o pecado do homem teve influência em toda a humanidade, enquanto o homem não reconhecer a sua parcela de culpa nisso, todas as implicações disso devem continuar.
Alteração severa e permanente da terra é a regra de nossa era. Isaías (Is 24:5) afirma que a terra está contaminada porque o homem transgride a lei de Deus. Pode se observar isso, todo o cuidado de Deus com tal integração de suas leis, quando Deus mandou Noé construir a arca não somente para preservar a família dele, mas para preservar a criação.
Mas a tentativa de rompimento com a Matrix divina ocorreu bem no início, com graves desdobramentos. As conseqüências da queda do homem trouxeram quatro grandes separações: a separação dos seres humanos de Deus, a separação dos seres humanos entre si, separa do homem com sigo mesmo e separação do homem da criação.
Como se pode ver, a necessidade do homem de se harmonizar com o Deus criador de todo o universo através de seu Filho Jesus para estabilizar essa imensa matriz da qual fazemos parte, é uma realidade urgente. E a ficção contada nos filmes, nada mais é do que um reflexo de uma realidade intrínseca ao consciente de todo ser humano, fazendo referência a tudo que existe na realidade presente, passada ou futura, de outra realidade onde não existe tempo e nem espaço, ligada a uma única Matrix criadora de tudo que é real em um mundo eterno, a qual só poderá ser acessada por nós, após rompermos com o nosso corpo material dessa realidade finita e limitada. 
Por Joel S. Barros