Fazendo
uma análise pessoal e rápida a respeito da civilização egípcia, a pesar de ser
uma civilização contemporânea a civilização mesopotâmica, e aparentemente
parecer que a única diferença entre as duas civilizações era somente a
valorização da vida após a morte. Podemos observar já de imediato que o Egito se
destacou pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas
de forma organizada e eficiente.
Basta
observar as grandes construções e o legado do povo egípcio. Seria impossível
toda essa conquista sem uma sociedade organizada e bem administrada, segundo a minha opinião. Só aí, já abrimos
caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência
as várias descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática,
Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios não constituíram simplesmente um
tipo de civilização antiga, mais um povo no mínimo misterioso e curioso,
levando em consideração principalmente os mínimos recursos tecnológicos da
época. “Imagine se eles já tivessem o uso da internet, os livros, Google,
facebook e whatsApp para trocar e adquirir informação”.
Primeiramente,
essa civilização assim como em todos os tempos, até mesmo nos tempos atuais,
teve em sua base de crescimento a água, e com certeza naquela época já devia
ter alguma cultura de preservação e valorização para evitar o desperdício,
coisa que até hoje a cultura acidental ainda não conseguiu aprender. Portanto, dependeu em muito de uma infra estrutura
hídrica para abastecer a agricultura e toda a população. E buscando
conhecimentos do sistema de cheia, estudando o rio Nilo,
que era o rio que abastecia toda
aquela região, organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o
sustento de um grande número de pessoas.
Além
do domínio de conhecimentos dos fatores de ordem natural, devemos salientar que
a presença de um Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve
relevante importância na organização de um grande número de trabalhadores
subordinados ao governo. Funcionários eram utilizados na demarcação de terras e
cada camponês era obrigado a reservar parte da produção para o Estado.
Agora,
para que todos que possam ler este comentário pessoal, tenha uma verdadeira
visão de como se integrava todos os elementos dessa sociedade, tomei a
liberdade de fazer um resumo dessa civilização, antes de emitir a minha opinião final sobre essa civilização. Devo
alertar que todas essas informações
encontram-se no texto principal do capítulo 3 indicado para a leitura,
no entanto, também contém informações mais específicas pesquisada em outras
fontes da internet, integradas aqui em um único texto.
Essa
civilização faz parte das chamadas “primeiras civilizações da Antiguidade”.
Essas civilizações se desenvolveram nas proximidades de grandes rios, que
aproveitando o regime de suas águas, fizeram desenvolver a prática da
agricultura. E como já comentado acima , o vale do Nilo foi primordial para a
formação da civilização egípcia, assim como os rios Tigre e Eufrates, foram para
a civilização mesopotâmica, por exemplo.
Localizada no Nordeste da África, na região do
chamado Crescente Fértil. É marcado geograficamente, pela existência de
desertos e pela vasta planície do Nilo. O Nilo corta o país no sentido
norte-sul, dividindo a região em duas áreas distintas: o Alto e o Baixo Egito.
Foi a fertilidade trazida por esse rio que favoreceu a fixação de povos nessa
região tão árida; quando da época das cheias, uma grossa camada de limo
fertilizante (húmus) era deixada sob a terra o que possibilitou a semeadura em
um agora, terreno rico e fertilizado. Assim, inicialmente contando com esse
fator, os egípcios desenvolveram obras hidráulicas que por sua vez, culminaram
na drenagem dos pântanos e na distribuição de água por meio de diques e canais.
Também como já comentado na introdução dessa interação.
Apesar
de verem o Nilo como uma dádiva, como bem já afirmava Heródoto, ele por si só,
não garantia uma boa colheita; foi o homem a partir de suas técnicas, que soube
transformar a natureza a fim de atender suas necessidades.
Formado a partir de diversos povos, os hamíticos foram os primeiros a habitar a região. A eles se juntaram os semitas e os núbios. Inicialmente divididos em nomos, pequenas unidades políticas governadas por nomarcas, o Egito viu a formação de dois reinos: o Alto e o Baixo Egito, formação que deu-se principalmente, pela prática da agricultura que possibilitou o desenvolvimento de cidades.
Formado a partir de diversos povos, os hamíticos foram os primeiros a habitar a região. A eles se juntaram os semitas e os núbios. Inicialmente divididos em nomos, pequenas unidades políticas governadas por nomarcas, o Egito viu a formação de dois reinos: o Alto e o Baixo Egito, formação que deu-se principalmente, pela prática da agricultura que possibilitou o desenvolvimento de cidades.
Por volta de 3200 a. C, o faraó Menés, unifica
a região, dando início à era dos grandes faraós. A unificação fez começar o
Antigo Império. O Antigo Império foi marcado pelo desenvolvimento de grandes
obras agrícolas e arquitetônicas como as pirâmides de Gizé, consideradas uma
das sete maravilhas do mundo antigo. Lutas entre monarcas culminaram no fim do
Império Antigo, dando início ao Médio Império. Este, conseguiu impor Tebas como
sendo a capital. Foi um período próspero marcado por expansões e relações
comerciais. Grande interrupção foi dada com a conquista do Egito pelos hicsos,
que permaneceram mais de um século na região. Contanto, a união dos egípcios
para expulsá-los resultou no Novo Império.
Nesse
momento, povos (como os hebreus) que haviam se estabelecido no Egito, foram
transformados em escravos. Aqui, empreendeu-se uma grande política
expansionista, que resultou na anexação da Núbia, Palestina, Síria, Etiópia e
Fenícia. Contudo, os momentos seguintes foram de decadência e o Egito foi
sucessivamente ocupado por outros povos, anexando-se posteriormente, ao mundo
helenístico e à Roma.
A
maioria da população egípcia, era camponesa. Os camponeses eram em geral
trabalhadores independentes que prestavam serviço nas propriedades e recebiam
parte das colheitas, como salário. Os escravos eram geralmente prisioneiros de guerra;
constituíam a classe mais explorada. Sacerdotes e sacerdotisas eram muito
respeitados, sendo responsáveis por administrar templos e escolas. O soldado
estava imerso em um lugar de ascensão. Dentre esse meio, o escriba estava entre
os poucos que sabia ler e escrever. O vizir, dentre outras funções, controlava
a arrecadação de impostos.
Para
além desses, havia o artesão e o comerciante. A preocupação com a vida
pós-morte, fez surgir a figura do embalsamador, responsável por mumificar
corpos. No topo da organização social estava o faraó, filho de Amon-Rá e a
encarnação de Horus, responsável por comandar o império de forma teocrática.
Singular,
a civilização egípcia foi uma das poucas a equiparar o lugar da mulher ao do
homem. Ela era livre para escolher seu marido. Nesse meio, o adultério era
aceito e podia ser solicitado por ambas as partes. A mulher era a senhora da
casa, chefe do lar. Era ela identificada por sua própria genealogia e vista
como elemento de sedução.
A economia no Antigo Egito era marcada pela ausência da propriedade privada da terra, que pertencia à comunidade como um todo. Os trabalhadores recebiam parte das colheitas, ficando o restante nos celeiros do faraó. O comércio era dinâmico, importavam pedras preciosas, marfim, perfumes e madeira, ao mesmo tempo que exportavam cereais, vinho, óleos e papiro.
A economia no Antigo Egito era marcada pela ausência da propriedade privada da terra, que pertencia à comunidade como um todo. Os trabalhadores recebiam parte das colheitas, ficando o restante nos celeiros do faraó. O comércio era dinâmico, importavam pedras preciosas, marfim, perfumes e madeira, ao mesmo tempo que exportavam cereais, vinho, óleos e papiro.
A
sociedade egípcia era marcada por uma profunda religiosidade. Adoravam deuses
que eram representados na forma humana ou animal (antropozoomorfia). Além de
forças da natureza, répteis, felinos… Entre os principais deuses, temos Osíris
(habita o mundo subterrâneo, dos mortos), Seth (senhor do alto), Maat (deusa do
equilíbrio, da justiça), Amon (rei dos reis), Anubis (mestre dos sarcafágos,
deus dos embalsamadores), Ré (cria o mundo e o mantém vivo), Neftis (protetora
dos sarcófagos), Ísis (deusa do amor). Para eles, a vida se estendia para além
morte. Para isso, contudo, a alma deveria encontrar o corpo no túmulo, para sua
consequente morada eterna. Era preciso conservar o corpo e para isso, havia a
técnica da mumificação. Eram retiradas as vísceras, quando então o corpo era
imerso em uma solução de carbonato de sódio e em soluções aromáticas. Depois, o
corpo era enrolado em panos e só então guardado em seu túmulo. Dentro do
sarcófago eram postos joias, frutas, óleos. Mulheres eram pagas para chorar
pelos mortos, eram as chamadas carpideiras.
As
principais obras de arquitetura egípcia foram templos, pirâmides, mastabas e
hipogeus. Quanto à escultura, esfinges, estátuas e sarcófagos merecem nossa
atenção. A pintura tinha a função de decoração e representava cenas do dia a
dia. Concomitante a essas realizações, os egípcios desenvolveram
impressionantes estudos de matemática e astronomia, bem como de medicina.
Agora,
quero aqui afirmar que concordo em numero e grau com a opinião do autor do
livro, quando ele diz que poucas civilizações antigas sobrepujaram a
civilização egípcia em termos de contribuição para o mundo moderno. Pois, suas
contribuições na área de ciência, da arte, da arquitetura, do senso de justiça
foram imensas. Só não concordo com a questão do legado da religião, porque
apesar de eles serem os primeiros povos a desenvolver a doutrina da
imortalidade da alma, também cultuavam muitos deuses pagãos. Quem sabe até por
falta da informação que hoje temos do verdadeiro evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo.
Mas acho muito importante eles terem sidos os
primeiros a pregar um monoteísmo universal, a providência divida, o perdão dos
pecados, as recompensas e punições após a morte, pois, isso sim faz parte de
nossa religiosidade moderna e é na que nos cremos como sendo a única, fiel e
verdadeira palavra.
Por: joelsam
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