domingo, 14 de outubro de 2012

ANÁLISE DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA



Fazendo uma análise pessoal e rápida a respeito da civilização egípcia, a pesar de ser uma civilização contemporânea a civilização mesopotâmica, e aparentemente parecer que a única diferença entre as duas civilizações era somente a valorização da vida após a morte. Podemos observar já de imediato que o Egito se destacou pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas de forma organizada e eficiente.
Basta observar as grandes construções e o legado do povo egípcio. Seria impossível toda essa conquista sem uma sociedade organizada e bem administrada,  segundo a minha opinião. Só aí, já abrimos caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência as várias descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática, Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios não constituíram simplesmente um tipo de civilização antiga, mais um povo no mínimo misterioso e curioso, levando em consideração principalmente os mínimos recursos tecnológicos da época. “Imagine se eles já tivessem o uso da internet, os livros, Google, facebook e whatsApp para trocar e adquirir informação”.
Primeiramente, essa civilização assim como em todos os tempos, até mesmo nos tempos atuais, teve em sua base de crescimento a água, e com certeza naquela época já devia ter alguma cultura de preservação e valorização para evitar o desperdício, coisa que até hoje a cultura acidental ainda não conseguiu aprender.  Portanto, dependeu em muito de uma infra estrutura hídrica para abastecer a agricultura e toda a população. E buscando conhecimentos do sistema de cheia, estudando o rio  Nilo,  que era o rio que  abastecia toda aquela região, organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o sustento de um grande número de pessoas.
Além do domínio de conhecimentos dos fatores de ordem natural, devemos salientar que a presença de um Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve relevante importância na organização de um grande número de trabalhadores subordinados ao governo. Funcionários eram utilizados na demarcação de terras e cada camponês era obrigado a reservar parte da produção para o Estado.
Agora, para que todos que possam ler este comentário pessoal, tenha uma verdadeira visão de como se integrava todos os elementos dessa sociedade, tomei a liberdade de fazer um resumo dessa civilização, antes de emitir a minha  opinião final sobre essa civilização. Devo alertar que todas essas informações  encontram-se no texto principal do capítulo 3 indicado para a leitura, no entanto, também contém informações mais específicas pesquisada em outras fontes da internet, integradas aqui em um único texto.
Essa civilização faz parte das chamadas “primeiras civilizações da Antiguidade”. Essas civilizações se desenvolveram nas proximidades de grandes rios, que aproveitando o regime de suas águas, fizeram desenvolver a prática da agricultura. E como já comentado acima , o vale do Nilo foi primordial para a formação da civilização egípcia, assim como os rios Tigre e Eufrates, foram para a civilização mesopotâmica, por exemplo.
 Localizada no Nordeste da África, na região do chamado Crescente Fértil. É marcado geograficamente, pela existência de desertos e pela vasta planície do Nilo. O Nilo corta o país no sentido norte-sul, dividindo a região em duas áreas distintas: o Alto e o Baixo Egito. Foi a fertilidade trazida por esse rio que favoreceu a fixação de povos nessa região tão árida; quando da época das cheias, uma grossa camada de limo fertilizante (húmus) era deixada sob a terra o que possibilitou a semeadura em um agora, terreno rico e fertilizado. Assim, inicialmente contando com esse fator, os egípcios desenvolveram obras hidráulicas que por sua vez, culminaram na drenagem dos pântanos e na distribuição de água por meio de diques e canais. Também como já comentado na introdução dessa interação.
Apesar de verem o Nilo como uma dádiva, como bem já afirmava Heródoto, ele por si só, não garantia uma boa colheita; foi o homem a partir de suas técnicas, que soube transformar a natureza a fim de atender suas necessidades.
Formado a partir de diversos povos, os hamíticos foram os primeiros a habitar a região. A eles se juntaram os semitas e os núbios. Inicialmente divididos em nomos, pequenas unidades políticas governadas por nomarcas, o Egito viu a formação de dois reinos: o Alto e o Baixo Egito, formação que deu-se principalmente, pela prática da agricultura que possibilitou o desenvolvimento de cidades.
 Por volta de 3200 a. C, o faraó Menés, unifica a região, dando início à era dos grandes faraós. A unificação fez começar o Antigo Império. O Antigo Império foi marcado pelo desenvolvimento de grandes obras agrícolas e arquitetônicas como as pirâmides de Gizé, consideradas uma das sete maravilhas do mundo antigo. Lutas entre monarcas culminaram no fim do Império Antigo, dando início ao Médio Império. Este, conseguiu impor Tebas como sendo a capital. Foi um período próspero marcado por expansões e relações comerciais. Grande interrupção foi dada com a conquista do Egito pelos hicsos, que permaneceram mais de um século na região. Contanto, a união dos egípcios para expulsá-los resultou no Novo Império.
Nesse momento, povos (como os hebreus) que haviam se estabelecido no Egito, foram transformados em escravos. Aqui, empreendeu-se uma grande política expansionista, que resultou na anexação da Núbia, Palestina, Síria, Etiópia e Fenícia. Contudo, os momentos seguintes foram de decadência e o Egito foi sucessivamente ocupado por outros povos, anexando-se posteriormente, ao mundo helenístico e à Roma.
A maioria da população egípcia, era camponesa. Os camponeses eram em geral trabalhadores independentes que prestavam serviço nas propriedades e recebiam parte das colheitas, como salário. Os escravos eram geralmente prisioneiros de guerra; constituíam a classe mais explorada. Sacerdotes e sacerdotisas eram muito respeitados, sendo responsáveis por administrar templos e escolas. O soldado estava imerso em um lugar de ascensão. Dentre esse meio, o escriba estava entre os poucos que sabia ler e escrever. O vizir, dentre outras funções, controlava a arrecadação de impostos.
Para além desses, havia o artesão e o comerciante. A preocupação com a vida pós-morte, fez surgir a figura do embalsamador, responsável por mumificar corpos. No topo da organização social estava o faraó, filho de Amon-Rá e a encarnação de Horus, responsável por comandar o império de forma teocrática.
Singular, a civilização egípcia foi uma das poucas a equiparar o lugar da mulher ao do homem. Ela era livre para escolher seu marido. Nesse meio, o adultério era aceito e podia ser solicitado por ambas as partes. A mulher era a senhora da casa, chefe do lar. Era ela identificada por sua própria genealogia e vista como elemento de sedução.
A economia no Antigo Egito era marcada pela ausência da propriedade privada da terra, que pertencia à comunidade como um todo. Os trabalhadores recebiam parte das colheitas, ficando o restante nos celeiros do faraó. O comércio era dinâmico, importavam pedras preciosas, marfim, perfumes e madeira, ao mesmo tempo que exportavam cereais, vinho, óleos e papiro.
A sociedade egípcia era marcada por uma profunda religiosidade. Adoravam deuses que eram representados na forma humana ou animal (antropozoomorfia). Além de forças da natureza, répteis, felinos… Entre os principais deuses, temos Osíris (habita o mundo subterrâneo, dos mortos), Seth (senhor do alto), Maat (deusa do equilíbrio, da justiça), Amon (rei dos reis), Anubis (mestre dos sarcafágos, deus dos embalsamadores), Ré (cria o mundo e o mantém vivo), Neftis (protetora dos sarcófagos), Ísis (deusa do amor). Para eles, a vida se estendia para além morte. Para isso, contudo, a alma deveria encontrar o corpo no túmulo, para sua consequente morada eterna. Era preciso conservar o corpo e para isso, havia a técnica da mumificação. Eram retiradas as vísceras, quando então o corpo era imerso em uma solução de carbonato de sódio e em soluções aromáticas. Depois, o corpo era enrolado em panos e só então guardado em seu túmulo. Dentro do sarcófago eram postos joias, frutas, óleos. Mulheres eram pagas para chorar pelos mortos, eram as chamadas carpideiras.
As principais obras de arquitetura egípcia foram templos, pirâmides, mastabas e hipogeus. Quanto à escultura, esfinges, estátuas e sarcófagos merecem nossa atenção. A pintura tinha a função de decoração e representava cenas do dia a dia. Concomitante a essas realizações, os egípcios desenvolveram impressionantes estudos de matemática e astronomia, bem como de medicina.
Agora, quero aqui afirmar que concordo em numero e grau com a opinião do autor do livro, quando ele diz que poucas civilizações antigas sobrepujaram a civilização egípcia em termos de contribuição para o mundo moderno. Pois, suas contribuições na área de ciência, da arte, da arquitetura, do senso de justiça foram imensas. Só não concordo com a questão do legado da religião, porque apesar de eles serem os primeiros povos a desenvolver a doutrina da imortalidade da alma, também cultuavam muitos deuses pagãos. Quem sabe até por falta da informação que hoje temos do verdadeiro evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas acho muito importante eles terem sidos os primeiros a pregar um monoteísmo universal, a providência divida, o perdão dos pecados, as recompensas e punições após a morte, pois, isso sim faz parte de nossa religiosidade moderna e é na que nos cremos como sendo a única, fiel e verdadeira palavra.

Por: joelsam

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