quarta-feira, 28 de junho de 2017

TRIAGEM TEOLÓGICA



INTRODUÇÃO       
            Ao longo dos tempos, os cristãos são levados a batalhar pela fé de acordo com os níveis de ataques que a verdade cristã tem sofrido, e muitos mártires ficaram marcados na história pela sua ousadia e empenho nesta defesa. E hoje não é diferente, continuamos em guerra, e os ataques não são mais às doutrinas isoladas, toda a estrutura da verdade cristã está sob ataque do inimigo. E cada vez mais o confronto sai do contexto da igreja institucional para o nível individual, o falado mano a mano.
            E neste novo cenário, o verdadeiro cristão, enfrenta a difícil missão de elaborar estratégias e decidir quais doutrinas e ensinamentos devem ter prioridades na defesa da fé dentro de nosso contexto contemporâneo. E como se não bastasse, a nossa missão não é apenas na defesa pública do evangelho diante do mundo secular, precisamos lidar também com as divergências doutrinárias das diferentes denominações ou irmãos de nossas próprias congregações.

CONTEXTUALIZAÇÃO
            Fazendo agora um paralelo com o que ocorre na emergência de um hospital em uma situação de guerra, onde o volume de pacientes é grande e todas as decisões têm que ser tomadas com rapidez e precisão, o médico de plantão deve ter a capacidade, o conhecimento e a experiência para observar cada caso e fazer a triagem dos que necessitam de tratamento de urgência, emergência, dar apenas um medicamento, ou pedir para o paciente voltar outro dia. Assim, deve ser o cristão, em guerra constante contra o inimigo, obrigatoriamente deve possuir tais características para discernir quais prioridades teológicas devem ser defendidas e em que nível de discussão deve ser considerado o debate.
            Todos os cristãos deveriam saber disso que será tratado a partir de agora, pois, com certeza, diminuiria muito os conflitos, os prejulgamentos e as condenações no meio cristão.

O PROCESSO DA TRIAGEM TEOLÓGICA
1º Nível
            Para início de conversa, precisamos saber quais são as religiões cristãs e quais não são, ou seja, se a pessoa com quem estamos debatendo é nosso irmão cristão ou não. Para isso, poucas perguntas bastariam para identificarmos se estamos no primeiro nível de discussão, no qual se trata da crença nos principais fundamentos do cristianismo e que determina se estamos debaixo da mesma cruz: Você crer no nascimento, morte, sepultamento e ressurreição corporal do nosso Senhor Jesus Cristo? Você crer na trindade? Você crer na plena divindade e humanidade de Jesus Cristo? Você crer na justificação pela fé? Você crer na autoridade das escrituras? Então você é cristão, é meu irmão, e não importa sua denominação, pois todos que negam essas verdades reveladas são, por definição, não cristãos.

            Como se pode ver, essas perguntas anteriores fazem parte das doutrinas mais fundamentais da fé cristã, e negá-las representa nada menos que a negação definitiva do próprio cristianismo e essas divergências nos separa por religiões no mundo (cristãs, espiritismo, judaísmo, islamismo, budismo, entre outras).

2º Nível
            Já neste nível, tratar-se do conjunto de doutrinas de segunda ordem, onde já sabemos que somos todos cristãos (porque todos creem nos fundamentos da primeira ordem), mas podemos discordar um dos outros e estas divergências criam barreiras que nos separa por denominações, mas não nos separa de Cristo, pois fomos lavados pelo mesmo sangue, na mesma cruz. São casos de denominações cristãs que aceitam mulheres como pastoras, outras não, possuem em sua hierarquia organizacional bispos, apóstolos, ou só missionários, bem como, adotam práticas de batismo diferentes, adotam elementos judaicos, ou seja, um grande número de denominações permanece juntas nas doutrinas de primeira ordem e reconhecem uns aos outros como cristãos, mas são impedidos de uma maior proximidade e comunhão por conta de doutrinas de segunda ordem (trata-se de denominações com verdadeiras práticas cristãs, não das que usam o evangelho em causa própria).

3º Nível
            Agora, são doutrinas que os cristãos podem discordar e ter duros embates em uma grande quantidade de temas, mas estão sentados lado a lado na mesma congregação local tomando a ceia no domingo, onde geralmente estas discussões giram em torno da: volta de Jesus em corpo ou não, sequência dos eventos escatológicos, interpretação de textos polêmicos, procedimento da ceia, milênio, arrebatamento, os 144 mil e outros milhares de temas, mas cada cristão é capaz de aceitar um ao outro sem transigir quando o assunto em pauta é de terceira ordem.

CONCLUSÃO
            A grande importância de saber fazer a triagem teológica na hora da discussão, é que cada um saberá se posicionar melhor, no tom certo para cada debate, não promovendo problemas de terceira ordem à importância de primeira ordem, evitando com isso muita confusão e impedindo que o debate se torne inútil. Por falta deste conhecimento, o que se ver são pessoas muito liberais que tratam assunto de suma importância de primeira ordem como se fossem de terceira, ao mesmo tempo, muitos fundamentalistas tratam qualquer assunto em uma discussão como se fosse de primeira ordem, causando uma verdadeira confusão teológica. Espero que todos os cristãos se coloquem à altura para enfrentar o desafio da maturidade cristã, classificando as questões com uma mente treinada e um coração humilde, a fim de fazer a defesa da fé. 
                                                                                                      Por Joel Sarmento Barros.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

O QUE SERÁ ESTÁ ACONTECENDO NO MUNDO?



          Apenas juntando os fatos, gostaria de levá-los a uma reflexão. Talvez isso não represente muita coisa, mas nada melhor do que ficarmos atento aos eventos mundiais, principalmente aos de maiores relevância, afinal, somos todos soldados em uma guerra silenciosa, em que os inimigos não são de carne e nem as armas são químicas ou nucleares.
            Tudo começa com um fato raro na história, o mundo católico com dois papas vivos, coisa que nem os maiores especialistas em religião poderiam prever, mas sim, isto é um fato em nosso mundo contemporâneo. Como se não bastasse, o papa principal possui um carisma mundialmente reconhecido que se a semelha em muito o carisma de um dos mais famosos papa da nossa era, o papa João Paulo II. É nesse mesmo tempo de dois papas vivos e carismáticos que outros dois papas, João Paulo II e João XXIII, passaram da categoria de papa para santo, canonizados pela igreja católica e reconhecidos por todos os seus membros.
            E é também com este governo papal que acontece um dos maiores encontro ecumênico entre judeus, muçulmanos, ortodoxos, anglicanos, budistas e hindus, além de uma visita ao Egito para o encontro com um dos maiores líderes mulçumano, o grande imã da mesquita de Al-Azhar Ahmed al-Tayeb, onde o papa Francisco prega uma possível paz mundial e declara que mulçumanos e cristãos são irmãos, mensagem não muito condizente com a realidade de um povo com uma visão totalmente anticristã que aguarda pelo seu messias Mahdi.
            Em paralelo a este contexto religioso da igreja católica, também ocorre um contexto político, com o movimento palestino islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, modificando pela primeira vez em sua história seu programa político, que agora diz aceitar a formação de um Estado palestino tendo Jerusalém como capital. Ao mesmo tempo, Israel diz não acreditar nesta mudança de posição tão repentina e afirma que o Hamas está a enganar o mundo com esta declaração de falsa paz na região.
            Outra situação em pleno curso é uma possível guerra nuclear entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte que ameaça explodir o mundo com seus mísseis nucleares de longo alcance, podendo iniciar a temível terceira guerra mundial. Situação esta, que não só colocaria em risco os países diretamente envolvidos na guerra como também toda a população do planeta.
            E os eventos mundiais não param por aí. Como se isso não bastasse, a cada dia cresce o número da comunidade mulçumana, nas capitais e nos interiores do mundo todo.  Já há mais de 1,6 bilhão de muçulmanos no mundo. O islamismo ultrapassou o catolicismo em número de fiéis em 1986 e continua a crescer. Nesse ritmo, deverão ser mais de 2,8 bilhões de fiéis no ano 2050 ultrapassando toda comunidade cristã do planeta, tendo em vista que a taxa de números de filhos entre os mulçumanos é a maior entre os grupos religiosos, ou seja, de 3,1 filhos por família com tendência de crescimento, enquanto que entres os cristãos é de 2,7 com tendência de queda. O número de adeptos aumenta inclusive em áreas tradicionalmente cristãs, como na Europa, África Ocidental e Estados Unidos e até no Brasil, onde em muitos desses lugares igrejas tradicionalmente cristãs estão sendo fechadas e sendo substituídas por mesquitas.
            Ainda voltado para o mundo islâmico, o governo iraniano considera que a atual instabilidade no Oriente Médio é um sinal da chegada do Mahdi (o messias islâmico), onde uma de suas principais tarefas é unir os povos e trazer paz, daí a necessidade de uma rápida expansão do islamismo pelo mundo afora . Por conta disso, o Irã já faz propaganda maciça através das mídias a toda população mulçumana lembrando do fim dos tempos, em que deverá aparecer o líder de grande poder, que reinará durante 7 anos, e instituirá o islamismo como a única religião mundial. Onde, segundo a profecia o líder Mahdi, chegará depois de um período de violência generalizada e instabilidade.
            Mais da metade dos muçulmanos que estão no Oriente médio, África do Norte, no sul e sudeste da Ásia, creem que viverão para ver Mahdi chegar. O general Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, disse que o Irã já está preparado para a chegada de Mahdi e que eles contam com um contingente de mais de 200.000 soldados para tal recepção.
            Outros eventos não menos importantes continuam a crescer sinalizando que alguma transformação está acontecendo em todo mundo: O número de cristãos está diminuindo em toda parte do planeta, aumento do número de igrejas tradicionais que fecham as portas a cada dia na Europa e nos Estados unidos, crescimento da população gay em todos os setores da sociedade com o aumento no número de adeptos cada vez mais jovens, inversão de papeis na sociedade com aumento de donos de casa – famílias em que a esposa trabalha e o marido administra a casa e cuida dos filhos, principalmente em países de primeiro mundo – após a emancipação feminina com o aumento das mulheres no mercado de trabalho.
            Ainda existem muitas coisas que estão acontecendo no mundo e que precisam ser observadas, mas acho que conseguir listar pelo menos do meu pondo de vista, os mais relevantes que estão acontecendo na atualidade. E que muitas vezes para um observador menos atento, fica difícil enxergar e relacionar os eventos dentro de um contexto histórico e religioso, que se não proféticos, se não bíblicos, de qualquer forma devem ser levados em consideração e nos levar a reflexão, tendo em vista que todas essas mudanças e eventos uma vez desencadeados devem afetar o comportamento de toda sociedade e a forma de como passamos a ver, a agir e reagir a cada cenário que poderá mudar as nossas vidas, as de nossos filhos e netos pelas próximas gerações.   
                                                                                                                  Por Joel Sarmento Barros.