Citações (com indicação de página)
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Palavras-chave
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Comentários
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“Quando
o protestantismo chegou ao Brasil [...] em meados do século XIX, encontrou
uma religião [...] já vencida todos os obstáculos”. (p.121)
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Protestantismo;
Brasil;
Religião.
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O
texto citado, trata-se de um período aproximadamente na metade do século XIX,
onde os grandes conflitos do protestantismo com a igreja católica por conta
do seu domínio como religião oficial no estado já estavam amenizados.
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“...para
entender a estratégia protestante [...] é necessário construir uma imagem do
catolicismo brasileiro [...] a partir da ótica dos missionários anglo-saxões,
dos protestante nacionais [...] por intermédio de seus escritos, sermões e
várias formas de mensagem e propaganda ”. (p.122)
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Estratégia;
Protestante;
Catolicismo;
Ótica;
Missionários.
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A forma com que os protestantes tradicionais viram a atuação católica em defesa de seus dogmas,
determinaram as suas estratégias de ação. E para entender como era grande o
desafio de enfrentá-los, se faz necessário levar á sério essa missão,
observando além da ótica dos missionários, os escritos, mensagem e
propagandas da época.
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“A
luta dos protestantes por um espaço na sociedade brasileira se desenrolou em
três níveis: o educacional, proselitista e o polêmico”. (p. 122)
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Polêmico;
Educacional;
Proselitista.
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Começando
pelo educacional: Este teve mais
duas subdivisões, que foi o nível ideológico (colégios americanos) e o
instrumental (escolas paroquiais), onde respectivamente um deveria
influenciar na cultura brasileira pelo alto escalão e o outro auxiliar o
proselitismo e a manutenção do culto
nas camadas mais baixas.
O
Proselitismo era o confronto
direto com os católicos na tentativa de mudar sua fé e procedimentos
religiosos.
Quanto
ao polêmico, esse foi o que mais
acompanhou o protestantismo brasileiro. Com os missionários, era motivo
políticos normalmente passivo, já com os primeiros pastores brasileiros (líderes
nacionais), era sobre as questões controversas da reforma, que normalmente
era agressiva. Esse período polêmico terminou no século XX, em 1920, com a
maior de todas entre o rev. Eduardo Carlos Pereira e o Padre Leonel França.
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“...o
protestantismo que chegou no Brasil
era diferente do Norte-americano [...] no fim do império, todas as
grandes denominações já estavam estabelecidas no Brasil, com distinções
secundárias e suas teologias eram originadas dos movimentos Norte-americanos
e das condições peculiares do Brasil”. (p.124)
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Protestantismo;
Norte-americano;
Império;
Denominações;
Brasil.
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Como
se pode ver até hoje, o protestantismo do Brasil é peculiar em relação ao
resto mundo, fruto dessa ação missionária Norte-americana que já chegou
miscigenada, além de todo processo de adaptação e confrontos que teve de
enfrentar ao longo dos anos. Tanto é verdade que essa particularidade pode
até mesmo ser visto nas denominações pentecostais nos dias de hoje, que
também tiveram que passar pelo mesmo processo de adaptação. Por tudo isso, em
geral, todas as religiões protestantes possuem um mesmo princípio, se
diferenciando apenas por pequenas mudanças doutrinárias em seus credos
religiosos.
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“...Simonton,
o primeiro missionário presbiteriano que viveu no Brasil entre 1859 a 1867, pastoreou até a sua morte a igreja que ele
mesmo fundou no Rio de Janeiro em 1862
”. (p.124)
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Simonton;
Missionário;
Igreja;
Rio
de Janeiro.
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O
autor decide destacar um missionário presbiteriano Simonton e usar como
modelo sua denominação, por conta que todos os outros líderes tinham a mesma visão com relação a igreja
católica e os seus sermões sempre
tinha o mesmo contexto. Além de que Simonton, não era polêmico, tinha
intenção proselitista, um bom orador, escritor e sempre foi muito prudente em
suas referências a religião oficial do País, usando termos como a “ religião
de nossa sociedade” ou “ costumes religiosos deste país”.
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“Suas
referências aos costumes religiosos são produtos de conversas com pessoas do
povo, leitura de anúncios e convites
funerários, necrológicos...”
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Referências;
Costumes;
Conversas;
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Simonton,
assim como bons escritores, sempre buscou informações para seus artigos e
manifestações nas mais variadas
fontes, principalmente nas de domínio público, como se pode ver no texto.
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“
Simonton chamava a atenção de seus fies para a falsa segurança de seguir a
religião da maioria [...] ela não está estruturada nos fundamentos da fé
[...] a melhor religião não é a da maioria, mas a que tem acesso a verdadeira
salvação ”. (p. 125)
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Fies;
Segurança;
Religião;
Salvação.
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Simonton
naquela época, já alertava para uma realidade que ainda hoje existe, o povo
que é levado pela influencia da maioria, sem avaliar o verdadeiro conteúdo do
que está seguindo, pois a verdade da salvação
muitas vezes está nos poucos escolhidos que travam batalhas todos os dias com o
mundo todo a sua volta.
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“
O temor de um Deus cruel e vingativo [...] os lança nas mãos de homens que
fazem da religião meio de vida e negócio”. (p. 125)
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Temor;
Mãos;
Religião;
Negócio.
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Considerado
um dos métodos mais eficiente de manipulação religiosa, o medo, tem dominado
as mentes e os corações de muitos ao longo dos anos. Coisa que o Simonton
observou como práticas da igreja católica e o motivou a escrever até mesmo um
dos mais ricos sermões em alusão ao catolicismo por tema: “A morte e o futuro
estado dos justos”.
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“...por
desconhecimento da bíblia por parte dos teólogos, os fies nada sabem da existência de Deus,
de sua alma, da imortalidade e da vida futura [...] igreja católica uma
religião pagã, com dependência da mitologia [...] uma religião de ricos que
pagavam para a salvação das almas...”(p. 126)
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Bíblia;
Teólogos;
Igreja
católica;
Pagã;
Ricos;
Salvação.
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Novamente
Simonton denuncia uma realidade da ineficiência dos teólogos que ainda hoje
causa prejuízo a igreja (falta de conhecimento), onde o verdadeiro objetivo do evangelho
que é ensinar, não estava sendo
atingido. E por conta disso, os fies não percebiam que a igreja católica estava
toda corrompida pelo paganismo e pela mitologia, sendo transformada em uma
religião onde só os mais abastados eram os maiores “beneficiados” e ao mesmo tempo os mais explorados pela
igreja.
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“pe.
José Manuel da Conceição, abandonou a ordem em 28 de setembro de 1864,[...]
onde no mês seguinte foi batizado por A.L. Blackford [...] e em dezembro
deste mesmo ano foi ordenado Pastor
evangélico presbiteriano do Brasil, historicamente o primeiro a ser ordenado
no Brasil ”. (p. 127)
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Batizado;
Ordenado;
Pastor;
Brasil.
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Segundo
o autor, enquanto padre, em seus últimos dias nas paróquias já destoava da
doutrina católica, já ensinava que a bíblia era a palavra de Deus, ensinava
contra imagens e sobre as confissões que não deveriam ser feitas ao padre, mas
a Deus por intermédio de Jesus.
Foi
convertido ao protestantismo por ter tido contato com protestantes europeus,
ingleses e alemães entre outros, mas apesar de já ser pastor ordenado, sua
mensagem não tinha cunho de proselitismo denominacional, mas somente que a
salvação era pela fé em Cristo Jesus e que a causa eficiente era a leitura da
Bíblia.
Ele
não tinha intenção de evangelizar para formar uma congregação permanente, mas
seu maior intuito era uma reforma nos hábitos religiosos do povo a partir do
conhecimento da bíblia. Mas apesar disso, influenciou o rápido crescimento do
presbiterianismo nos primórdios.
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“Eduardo
Carlos Pereira, ordenado pasto aos 26 anos, em 1881 na igreja Presbiteriana,
mas entrou na igreja em 1875 [...] vindo do catolicismo [...] entedia
distanciada a visão que as missões norte-americanas tinham sobre a
evangelização na América latina ”. (p. 130)
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Ordenado;
Igreja;
Catolicismo;
Distanciada;
Evangelização.
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Eduardo
Pereira, teve uma importante atuação no cenário nacional da época para fortalecimento
da igreja e na formação de pastores.
Se esforçou pela criação de seminários, incentivou campanha para educação
teológica, fundou a sociedade brasileira de tratados evangélicos (1883) para
produzir literaturas evangélicas, em geral contra a doutrina dominante.
Também criou o plano de Missões Nacionais para tornar a igreja auto
suficiente, fundou o Estandarte para
encarte de revista, tinha grande preocupação em tornar a igreja
presbiteriana independente dos americanos.
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“...outra
face foi a sua longa polêmica com a Igreja Católica que pode ser dividida em
dois momentos: antes e depois do congresso do Panamá...”. (p. 132)
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Face;
Igreja;
Dividida;
Antes;
Depois.
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Eduardo
teve vários conflitos com a igreja católica, onde, antes do congresso do
Panamá ele usou o Estandarte para
responder as críticas da igreja católica que tinham feitos através do jornal
e revista A Pátria, onde ele
responsabilizava a igreja por todo atraso material e moral dos países
latinos.
Depois
do Panamá, ficou por conta do congresso ter definido que a nova preocupação
não deveria ser converter católicos
mas atender os não evangelizados. Eduardo reagiu energicamente
publicando através de um livro todas as sua teses que deveriam ser discutidas
no congresso, mas que não foram, cujo o título do livro era: O problema
Religioso da América Latina, onde o mesmo comenta desde as indulgências até
as práticas populares como: água benta, adoração de imagem, rosário, sinal da
cruz entre outras. Provocando com isso a maior polêmica protestante que já
houve no Brasil. Em geral ele via a igreja católica como cristã, mas que
tinha se paganizado.
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“A
luta do pe. Julio Maria contra os inimigos
da Igreja no Brasil abrangeu, além dos positivistas e legalistas, os
protestantes”. (p. 135)
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Inimigos;
Igreja;
Brasil;
Protestante.
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Segundo
o autor, o pe. Julio Maria polemizou com os inimigos de fora e com os de
dentro. Porque na visão dele a igreja católica estava muito longe de seus
propósitos, com falsas devoções, festas que apenas divertiam, que não edificavam
e ainda desvirtuavam os símbolos católicos. Sua maior missão era recuperar o
prestigio da igreja pela doutrinação e pela teologia, para que pudesse
atingir o povo comum e os intelectuais.
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“...Julio
Maria pronunciou no Rio de Janeiro e em Fortaleza contra o protestantismo
[...] afirmando que: [...] o protestantismo era uma negação religiosa; [...]
uma negação da autoridade da igreja; [...]
uma negação política, que
Álvaro Reis resolveu responder”. (p. 136)
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Pronunciou;
Protestantismo;
Negação;
Autoridade.
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Álvaro
dias tinha uma ideologia parecida com a do Eduardo Pereira, no entanto, não
tinha a mesma qualidade de argumento, muitas vezes até irreverente. A defesa,
ele fez em três conferências no
púlpito da igreja, baseando seus argumentos em Rui Barbosa, na sua famosa
introdução ao Papa e o Concílio. Para
ele o catolicismo se paganizou,
levando o povo a superstições e fanatismo e que falhara na educação moral e
religiosa do povo. Muitas de suas críticas a igreja, até coincidiam com as do
Julio Maria, no entanto, achava que o papel de civilização do povo só poderia
ser exercido pelo protestantismo.
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“A
educação como estratégia missionária, nunca deixou de acompanhar os
missionários norte-americanos [...] com duplo papel de evangelistas e
professores [...] incluía especialista em educação principalmente mulheres”.
(pp. 142-143)
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Educação;
Estratégia;
Missionários;
Evangelistas;
Professores.
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Como
se pode verificar em muitos escritos, os americanos sempre tentaram unir o
útil ao agradável e encontraram na educação um bom caminho para penetrar na
sociedade. Pois, perceberam assim como o Simonton, que a igreja católica não
tinha poder sobre a sociedade e que, portanto, o Brasil possuía um campo
aberto para uma nova forma de religião que abrangesse todos os aspectos.
Embora, apesar de essa ser uma importante estratégia missionária, logo vão
descobrir que proselitismo e educação possuem ideologia oposta, onde o fato
de as escolas se desenvolverem não aumentava automaticamente o número de fies
nas igrejas.
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“...sendo
o protestantismo a religião do livro, deve ter surgido logo um severo
embaraço para os missionários: o analfabetismo do segmento da sociedade que
lhe oferecia espaço [...], o dos homens livres e pobres da população rural”.
(p. 143)
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Protestantismo;
Embaraço;
Analfabetismo;
Sociedade;
Pobres.
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Um
verdadeiro contra censo, a religião do livro que distribuía bíblia para os
analfabetos. Daí a necessidade dos missionários, com o tempo, passarem a
construir uma escola em cada comunidade, as chamadas escolas paroquiais, que
alfabetizavam os comunitários nos ensinamentos mais elementares.
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“
Apesar do aparente desinteresse inicial das missões pelos cursos superiores, há hoje pelo menos
três universidades protestantes e diversas faculdades isoladas ou federadas em
funcionamento [...] em sua maioria evoluíram de colégios fundados no século
XIX”. (p. 145)
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Missões;
Superiores;
Universidades;
Colégios.
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A
pesar de o autor fazer uma crítica a estratégia de educação missionária, que
aparentemente não tinha muita objetividade e não mostrou para que veio, já
que não é contado no processo histórico da educação no Brasil, ainda assim,
podemos ver o quando foi importante para o Brasil naquele momento esse apoio
educacional, onde só vieram perder a sua importância quando as escolas
publicas começaram a aparecer, tanto é, que ainda hoje existem mais de trinta
escolas bem conceituadas na sociedade e a pesar de no início não ter muito
interesse por cursos superiores, hoje existem pelo menos três universidade,
várias faculdades em todo Brasil e todas evoluíram de colégios fundados no
século XIX.
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“
O sistema escolar no Império apresentava notável fraqueza [...] não conseguia
alcançar todas as crianças em idade escolar. A zona rural era a mais
prejudicada”. (p.) 146
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Sistema;
Império;
Criança;
Rural.
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É
exatamente aqui que se pode ver a
importância da educação cristã para a sociedade da época, pois apesar de não
existir muitos dados históricos que detalhe como funcionava essas escolas
paroquiais, sabe-se que o protestantismo começou suas atividades
principalmente pela zona rural, onde naquele período ainda não haviam prédios
e nem locais definidos como igreja propriamente dita, a igreja se constituía
de pessoas que ao se converterem entravam para a lista do rol de membros e já
faziam parte da igreja e antes de existir salões de cultos, já funcionavam as
escolas nas casas particulares ou na casa do pastor, exatamente nas áreas
rurais, onde o estado tinha maior dificuldade de alcançar.
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“
...surge um magistério qualificado feminino [...] bem registrado com detalhes nos livros e documentos
oficiais [...] primeiro aspecto interessante da educação protestante é o
magistério feminino”. (pp. 149-150)
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Ministério;
Feminino;
Registrado;
Educação;
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Consta
nos registros dos presbiterianos e metodistas a chegada anual de diversas
missionárias educadoras, as quais usando novos métodos de ensino, modificando
inclusive o método cantado das sílabas por um método americano mais
intuitivo, muitas delas se destacaram inclusive fora do ambiente religioso, sendo
inclusive chamadas (Mareia Brown) pelo governo de são Paulo para participar
da reforma primária. Por tudo isso, é inegável que a educação missionária
protestante deve ter sim, ajudado a transformar o sistema educacional
brasileiro. Quanto ao latim, permanece até hoje como uma forte influência da
religião dominante, assim como, o uso da Bíblia nas escolas paroquiais era
imprescindível e obrigatório pelo menos um mínimo possível, apesar das
grandes dificuldades que os alunos deviam ter para compreender as traduções
bíblicas da época.
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“Émile
G. Léonard, historiador do protestantismo, não vê na intenção do protestantismo
americano nada de novo [...] o protestantismo só reproduzia, no século XIX, a
prática católica da era dos descobrimentos...”. (p. 153)
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Historiador;
Protestantismo;
Prática;
Católica;
Descobrimento.
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Na
opinião desse historiador, os tempos e os modelos de civilização eram
diferentes, mas as intenções eram as mesmas. A pesar de os protestantes
possuírem uma intenção unicamente
religiosa, tinham também na parte educacional a intenção de orientar as
práticas educativas para encaminhar os alunos a verem uma maneira nova de
realidade, especialmente a valorização da natureza e do trabalho. E os
ensinamentos ficavam ainda mais impactante e diferente do tradicional, pelo
fato de os professores americanos colocarem a Mão na massa para ensinar até
cultivo de plantas, quebrando o paradigma do pensar e do fazer que pareciam
tão distantes.
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“Não
é fácil separar a prática educativa liberal Norte-Americana da propaganda
religiosa [...] o que aconteceu em todas as partes do mundo”. (p. 155)
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Separar;
Prática;
Educativa;
Propaganda.
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Segundo
o autor, ao contrário do que se pensava de que a educação era
simplesmente a contribuição da
religião de um povo evoluído a um povo atrasado, na verdade essa junção de
religião e educação são dessociáveis do ponto de vista sociológico e tão
importante quanto a religião para um povo, por isso que sempre andaram
juntas, ou seja, são as duas faces de uma mesma moeda.
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“O
catolicismo levava vantagem de ter vindo com o conquistador e de ser
implantado desde o primeiro momento da colonização”. (p. 156)
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Catolicismo;
Conquistador;
Colonização.
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Por
conta do fato de estarem no Brasil desde a colonização, o catolicismo estava
tranquilamente estabelecido e influenciando ideologicamente principalmente a
elite com sua educação católica. Daí a grande disposição das missões
religiosas internacionais também investirem na educação na tentativa de
confrontar toda essa ideologia já implantada.
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“
O sistema educacional brasileiro em fins do século XIX [...] pode ser
dividido em religioso católico [...] e leigo oficial”. (p. 157)
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Sistema;
Educacional;
Religioso;
Leigo.
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Segundo
o escritor, a educação do povo era a base da organização social da época, e
logo a educação oficial que era fornecida pelo estado, era a mais fraca de
todos, apesar de ser um foco de preocupação da elite dominante e reconhecida
como a causa de todas as crises, não se resolvia a questão. Por outro lado, a educação católica era muito
forte e tranqüila, e ainda influenciava ideologicamente a educação oficial.
Como o quem tinha mais interesse pela educação era a classe mais abastarda,
tudo faziam para que as escolas médias encaminhassem seus filhos para fazerem
engenharia ou medicina, e em geral, só
quem tinha acesso a essas escolas, era a elite dirigente e os que tinham
aspiração de chegar até ao doutorado.
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“[...]
surgiu um protestantismo teologicamente diferenciado, com ênfase na salvação
individual”. (p. 158)
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Protestantismo;
Salvação;
Individual.
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Esse
protestantismo diferenciado, se deu exatamente pelo fato do protestantismo
trazido pelas missões americanas não serem mais originais da reforma, mas
sim, por já terem sofrido influencia e mutações das múltiplas correntes
protestantes da Europa a partir do século XVII. Trazendo no bojo
especialmente na educação, o liberalismo, o individualismo e o pragmatismo.
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“De
todos os historiadores protestantes no Brasil [...] os batistas são os mais
francos em deixar bem clara a ideologia embasadora de sua missão religiosa e
educativa”. (p. 159)
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Historiadores;
Batista;
Ideologia;
Missão.
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Como
se pode ver, a ideia do individualismo
religioso, antagônico ao catolicismo, sempre esteve ligado ao
magistério da igreja e a hierarquia e todos os missionários concordavam que
isso só podia ser disseminada através da educação. E essa obra educativa
protestantes era a de não-discriminação.
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“Em
alguns colégios os alunos eram levados a executar trabalhos manuais para
prover o custo da permanência e estudos [...] alem de ser item obrigatório do
currículo escolar ”. (p. 160)
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Colégios;
Alunos;
Trabalhos;
Custo;
Obrigatório.
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“Enquanto
o protestantismo europeu tinha como máxima “adorar e orar”, o protestantismo
brasileiro era “ aprender e trabalhar”. Isso tudo veio como herança do
pragmatismo americano, onde a
evangelização é ligada ao trabalho, tanto é que os americanos abriram várias
escolas agrícolas dentro dessa filosofia de evangelização. Mas fora isso, a
implantação da fé protestante era equivalente ao reino de Deus na terra, ou
seja , a civilização cristã contra a civilização pagã.
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“
...a cultura católica e a cultura protestante colocadas frente a frente no
Brasil, só seria resolvido se a educação evangélica comprovasse sua superioridade ”. (p. 162)
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Católica;
Protestante;
Educação;
Evangélica.
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Por
conta dessa missão de provar a superioridade na educação, os missionários
construíram bons e modernos colégios, além de mais eficientes do que os
tradicionais. Tanto é, que nessas
escolas tinham até estudos de línguas inglesa e alemã, na tentativa de trazer
um novo cenário, um novo universo com novas idéias dentro do mundo latino
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“Os
missionários estavam cônscios de sua missão de preparar os povos para o
exercício dos direitos de soberania e democracia” (p.
163)
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Missionários;
Missão;
Povos;
Soberania.
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Para
que os presbiterianos pudesse implantar os ideais de Calvino no Brasil,
tinham a consciência de que só seria possível com o povo já educado. Por isso
a missão de preparar o Brasil através da educação para esse evento renovador.
A ideia principal era repetir aqui o
que aconteceu na America do Norte, onde tiveram bastante êxito com a
colonização protestante.
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“O
protestantismo do século XIX [...] reflete uma era de otimismo em todos os
planos da vida humana, sua ética se colocava
como provedora de um conjunto de valores positivos [...]esse aspecto
serviu de base para o chamado Kulturprotestantismus
”. (p. 164)
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Otimismo;
Vida;
Ética;
Positivos.
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O
Kulturprotestantismus foi
basicamente essa nova ideologia que
surgiu a partir de todas essas influência pelo que passou o protestantismo,
dominando os anseios da população por modernidade dentro de uma nova
realidade, coisa que a religião oficial já não conseguia atender. Como não se
distinguia religião de ideologia, a religião sempre foi componente de prática
educativa nos colégios, como a classe social ainda não estava dividida, e a
elite era muito pequena, todos tinham a ambição de a mentalidade destes
através da educação.
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