PSICOLOGIA
E HISTÓRIA
Compreender,
em profundidade, algo que compõe o nosso mundo significa recuperar
sua história. Todos
nós temos uma
história pessoal e
nos tornamos pouco compreensíveis se não recorremos a ela
e à nossa perspectiva de futuro para
entendermos quem somos
e por que
somos de uma
determinada forma.
Para compreender a
diversidade com que a Psicologia
se apresenta hoje, é indispensável recuperar sua história. A história de
sua construção está ligada,
em cada momento
histórico, às exigências
de conhecimento da humanidade.
A
PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: OS PRIMÓRDIOS
No período de 700 a.C. até a
dominação romana, às vésperas da era cristã. Os gregos foram o povo mais
evoluído nessa época. Tais avanços permitiram que o cidadão
se ocupasse das coisas do espírito,
como a Filosofia
e a arte.
Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem
com o
mundo através da
percepção. Mas é
com Sócrates (469-399
a.C.) que a
Psicologia na Antiguidade ganha
consistência.
Depois de Sócrates surgiram
outros como Platão, Aristóteles que estudavam
a razão como
peculiaridade do homem
ou como essência humana, Sócrates
abre um caminho
que seria muito
explorado pela Psicologia.
A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO
ROMANO E NA IDADE MÉDIA
Às vésperas da era cristã, surge um novo
império que iria dominar a Grécia, parte da Europa e do Oriente Médio: o
Império Romano. E falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao
conhecimento religioso, já que, ao lado do poder econômico e político, a Igreja
Católica também monopolizava o
saber e, conseqüentemente, o
estudo do psiquismo.
Dois grandes
filósofos representam esse
período da história: Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino
(1225-1274). São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre
essência e existência. E foi São
Tomás de Aquino
que encontrou argumentos racionais
para justificar os dogmas da Igreja e continua garantindo para ela o
monopólio do estudo do psiquismo.
A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO
Pouco mais de 200 anos após
a morte de São Tomás de Aquino, tem início uma época de transformações radicais
no mundo europeu. É o Renascimento ou Renascença.
Foi nessa época que ocorreram as
transformações em todos os setores
da produção humana, com Dante, Leonardo
da Vinci, Maquiavel, entre
outros.
Com esse avanço, começam a se estabelecer métodos e regras básicas para a construção do conhecimento científico. Neste período, René Descartes foi um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência. Com sua teoria de separação entre alma, espírito e corpo, possibilitou o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia.
Com esse avanço, começam a se estabelecer métodos e regras básicas para a construção do conhecimento científico. Neste período, René Descartes foi um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência. Com sua teoria de separação entre alma, espírito e corpo, possibilitou o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia.
A ORIGEM DA PSICOLOGIA
CIENTÍFICA
No século 19, destaca-se o
papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário. Nesse mundo vivia um
homem que tinha
seu lugar social
definido a partir
do nascimento. A razão estava submetida à fé como garantia
de centralização do poder. A autoridade
era o critério
de verdade.
O capitalismo pôs esse mundo
em movimento, com a necessidade de
abastecer mercados e
produzir cada vez
mais. Sentiu-se necessidade da
ciência, onde a ciência avança tanto,
que se torna
um referencial para a
visão de mundo. Com isso, o capitalismo
moveu o mundo,
produzindo mercadorias e necessidades.
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da Psicologia
moderna foi a Alemanha do final do século 19.
Seguiram para aquele
país muitos estudiosos
dessa nova ciência. Os pioneiros
da Psicologia procuraram, dentro das possibilidades, atingir tais
critérios e formular
teorias. Entretanto os conhecimentos produzidos inicialmente
caracterizaram-se, muito mais,
como postura metodológica que
norteava a pesquisa e a construção teórica. Embora a
Psicologia científica tenha
nascido na Alemanha,
é nos Estados Unidos
que ela encontra
campo para um
rápido crescimento.
O FUNCIONALISMO
O Funcionalismo é
considerado como a
primeira sistematização
genuinamente americana de
conhecimentos em Psicologia.
Uma sociedade que exigia
o pragmatismo para seu desenvolvimento econômico acaba por exigir
dos cientistas americanos o mesmo espírito. Desse modo, W.
James elege a
consciência como o
centro de suas preocupações e busca a compreensão de
seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.
O ESTRUTURALISMO
O Estruturalismo está
preocupado com a
compreensão do mesmo fenômeno
que o Funcionalismo: a
consciência. Mas,
diferentemente de W.
James, Titchner irá
estudá-la em seus
aspectos estruturais usando o termo,
estruturalismo pela primeira
vez, no sentido
de diferenciá-la do Funcionalismo.
O ASSOCIACIONISMO
O termo associacionismo origina-se
da concepção de que a aprendizagem se
dá por um
processo de associação
das idéias — das
mais simples às
mais complexas. Assim,
para aprender um
conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais
simples, que estariam associadas àquele conteúdo. Thorndike formulou a Lei do
Efeito, de acordo com essa lei,
todo comportamento de um organismo vivo tende a
se repetir, se
nós recompensarmos o
organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o
comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado após sua ocorrência.
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA
PSICOLOGIA NO SÉCULO 20
A Psicologia
enquanto um ramo
da Filosofia estudava
a alma. A Psicologia científica nasce quando, de
acordo com os padrões de ciência do século 19, Wundt preconiza a Psicologia
“sem alma”. Se antes a Psicologia
estava subordinada à
Filosofia, a partir
daquele século ela passa
a ligar-se a
especialidades da Medicina. Essa Psicologia
científica, que se
constituiu de três
escolas — Associacionismo, Estruturalismo e
Funcionalismo —, foi
substituída, no século 20, por
novas teorias. As três mais
importantes tendências:
o Behaviorismo, Gestalt e a
Psicanálise.
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